Menestrel Cibernético

Friday, December 04, 2009

Tuesday, March 24, 2009

Sunday, March 22, 2009


Monday, March 16, 2009


"O lENDÁRIO DRAGÃO DE FOGO DO MEU CORAÇÃO DE MENINO" -
Minha lealdade devo a um lugar, um passado, a cidade onde nasci, cresci e amei... a familia, aos amigos, aos mestres que me iluminaram, rios e lagos onde me banhei, caminhos por onde passei, (o primeiro tombo de bicicleta, filho da mãe, como chorei),. Rabeiras de caminhão peguei, em dorsos de cavlo montei, mas, meu coração de menino, se apaixonou pelo trem. O trem de passageiros, da família e forasteiros, do caixeiro viajante, do militar fardado, do poeta cantante, do namorado e amante... Dos janótas grã-finos que se reverenciavam e o chapéu com elegancia tiravam. La Belle-Époque do romantismo puro e belo, no tempo do Trem das Estradas de Ferro !!!
Das potentes locomotivas a vapor da Henschel & Sohn, o grande e lendário dragão de fogo do meu coração de menino. Assim eu as conhecia. Das suas entranhas ardentes golfavam densos rolos de fumaça, como baforadas de um cachimbo gigante, esfumando anéis no azul límpido dos céus. Do silvo estridente do seu apito dissipando-se na monotonia das retas tediosas ou na parábola elegante das suas curvas assimétricas. Era fantástico ver o trem de ferro serpenteando pelos caminhos de aço reluzente, subindo e descendo montes, furando montanhas, atravessando rios e matas densas, cortando cidades inteiras...
Da gare da estação ao pátio das manóbras conhecia todo mundo. O chefe do trem, maquinistas, foguistas, manobristas, truqueiros, o chefe da estalçao, conferentes e despachantes, bilheteiros, porteiros, carteiros e telegrafistas... Amei intensamente toda aquela gente. Meu pai, meu herói, ternura humana, honrado e orgulhoso ferroviário era também. Adorava ve-lo em seu marcial uniforme e boné com galões dourados, desfilando em meio ao aglomerado na plataforma de embarque. O mundo vivia a 2a grande guerra mundial e os militares exerciam intenso fascinio entre as mulheres. Só mais tarde viria entender o assédio feminino a papai, sua elegancia e porte másculo, o olhar languido das mulheres e as broncas dos cavalheiros enciumados... Tudo era novidade para a mente e o coração daquele menino que, embora nãio entendendo todas as coisas, sabia que gostava daquele mundo dos adultos, tanto quanto do seu mundo de criança, sem jamais ter de renunciar a nenhum deles...
Mas papai não viveria o tempo e a tristeza do funeral das estações abandonadas, se decompondo, dos trilhos arrancados da linha depois da ultima composição trafegar. Na distante década dos anos quarenta, embarcou num dos trens que amou durante toda sua vida, para uma estação chamada "CÉU" ... (assim partiam todos que amavam a ferrovia)
Naquele dia, um menino não foi visto correndo entre os vagões, alegre, feliz, saltitante como EU fazia. Os trens não apitaram, emudeceram-se os pássaros... A noite fria vestiu seu manto de luto escuro, enquanto lágrimas de uma chuva fina, molhava o aço quente e reluzente dos trilhos e a face triste e chorosa daquele menino, órfçao do ferroviário. Era tambem o que mais tarde seria um adeus ao trem de passageiros, a colonia da romantica estação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil e da minha LINS antiga. Hoje não mais existe a emoção nas chegadas e nem o adeus das partidas... O Grande e lendário Dragão de Fogo do meu Coração de Menino, fizera sua ultima parada, na estação de nome "SAUDADES" !!!

Tuesday, June 03, 2008


"Minha LINS antiga"

Na sempre bela praça da matriz

de Sto.Antonio, da meia lua, do coreto

e da retreta aos domingos.

Aos bancos da outra praça, da Fonte

Luminosa, da Dom Bosco aristocrata,

nossa então revolucionaria jovem guarda

alçava voos de liberdade, de anarquia

e seus primeiros "ais" de euforia.


Cidadezinha cheia de graça, com as

velhas rondas e canções de outrora.

Em noites de estio, debatiamos

pragmaticos projetos sociais, liricos,

culturais, etilicos e musicais.


Naquele tempo, não tão distante

construimos nossos valores morais, veja

(respeito, aprendizado e benção)

sobre a familia, a escola e a igreja.


A lembrança sempre volta,

nos sonhos, nos versos do poeta.

Quantas vezes no piso gasto da calçada

do centro da minha LINS antiga,

escuto passos e o riso amigo de voces !


Ah! Velhos Amigos, dos tempos idos e vividos,

partes do mundo que construi,

alicerces do meu encanto pela vida.

Quizera... e quem de me dera, da minha

LINS antiga... nunca ter partido

Tuesday, January 22, 2008

Pedacinho Colorido de Saudade
Queria recolher da vida diaria,
algo do seu conteúdo humano
fruto da convivência que torna
mais bonito, nosso viver cotidiano.
Olho então ao redor de mim,
onde vivem os assuntos que
merecem uma poesia, enfim.
E nesta busca do circunstancial
a emoção ao descobrir uma colega
amiga, num flagrante de Carnaval.
Falamos da alegria geral, das
velhas marchinhas que todos cantam,
por isso são tão velhas assim,
mas continuam vivas em nós,
nos pertencem e nos encantam.
Pierros, Colombinas e Arlequins
não existem mais, não há palhaços
no salão, confetes, serpentinas,
lança perfume, nem fantasias de cetim.
Carnaval é saudade, alegria perdida,
lirismo proximo do fim.
E sem mais nada a proclamar,
perdemos a noção do essencial.
e o verso do poeta se repete
em nossa lembrança: CONFETE,
PEDACINHO COLORIDO DE SAUDADE !!!

Monday, December 31, 2007

POEMA DE ANO NOVO
No lirismo das flores
neste Ano Novo de gloria,
O poeta planta versos, prosa e história.
Colhe amigos, novos amores.
É preciso o sonho reviver,
a certeza de que tudo vai mudar.
Abrir os olhos e perceber
as coisas boas acontecendo
dentro do nosso coração,
onde os sentimentos não precisam
de motivos, nem os desejos de razão.
Aproveitar o momento, o Novo Ano,
aprender com sua duração:
É NOSSA CONDUTA VERDADEIRA
não nossa crença aparente,
que nos identifica, corpo e coração,
perante Deus e os homens !
AGMON (crio por amor aos meus amigos
e para ser amado por eles também)
Feliz 2008