Menestrel Cibernético

Monday, November 27, 2006

"ÁGUA CORRENTE"
Cantava o rio com voz plangente,
melodiosa... Agucei os ouvidos.
A voz ressoava cheia de saudade.
Olhava as águas, e na corrente
surgiram imagens: meu pai, meus amigos,
eu mesmo, ainda criança, ainda feliz.
As águas que vi passar,
as águas que me banhei.
Eu as via sempre ali.
Sabia que nunca iriam parar.
Não me preocupava a pressa
da corrente formada por mim,
pelos meus amigos, por todos
que a tinham deparado.
Água corrente,
carregada de sonhos,
em busca de suas metas:
As cataratas, o lago, o mar;
uma a uma ela as alcançava.
Das águas formava-se a bruma
que subia ao céu, transformando-se
em chuva, a cair das alturas.
Virava regato, virava rio,
Fluia de novo á sua méta.
Outra vez repetia a jornada.
As águas que vi passar,
As águas que me banhei...
Por que não as represei ?
Seria ainda criança ?
Seria de novo feliz ???

Agmon Rosa, Um Menestrel Cibernético
na Corte Metropolitana !

Wednesday, November 15, 2006

"Velhos Amigos"

Na diagonal escadaria da praça, onde a
Osvaldo Cruz e a 21 se cruzavam sedutoras,
em noites de estio, a jovem boêmia alçava
vôos de liberdade e de euforia arrebatadoras.

Jairo, Jerson, Barnabé, Benê, Rolando,
e Zé Bolzam, debatiam pragmáticos
projetos de vida, de sonhos e outros mais,
exceto de gramática e didáticos analógicos.

Ah ! velhos amigos, onde andam vocês ?
A mocidade, nossas inesquecíveis noitadas ?
Fiquei sozinho... Mas não creio, acreditem
estar nossas almas separadas.

Quantas vezes na pedra gasta da calçada,
escuto os passos e o riso amigo de vocês !
A lembrança volta sempre, inexplicada,
a juventude não. Onde reencontrarei vocês ?

Um Menestrel Cibernético
na Corte Provinciana !!!